EDITORIAL
Irmãs e Irmãos... Paz e Bem!
A palavra quaresma vem do latim
quadragésima e é utilizada para designar o período de quarenta dias que
antecedem à festa maior do cristianismo: Páscoa – Ressurreição de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Ela faz memória de alguns fatos
bíblicos importantes: quarenta dias de dilúvio, quarenta anos de peregrinação
do povo judeu pelo deserto, dos quarenta dias que Jesus passou pelo deserto
antes de iniciar o seu ministério...
A quaresma começa na quarta-feira
de Cinzas (05 de março) e termina na Quinta-Feira Santa (17 de abril) com a
solene celebração da missa do lapa-pés, Instituição da Eucarista e do
Sacerdócio Ministerial.
A quaresma é um tempo de reflexão
e oração; de proximidade com a Palavra de Deus e com o próximo; um tempo de
conversão: “Convertei-vos e crede no Evangelho” ou, como nos lembra o profeta
Joel, tempo de “rasgarmos o coração”, de “tirar de nosso peito um coração
de pedra e, no lugar, colocar um coração
de carne”, como nos pede o apóstolo Paulo.
“Essencialmente, o período da
quaresma deseja ser um grande retiro espiritual voltado à reflexão, de olhar
para si mesmo, de preparar o coração para acolher o Cristo vivo e ressuscitado,
na grande celebração da Vigília Pascal.
Enfim, a Igreja católica, com a
quaresma, propõe, por meio do Evangelho proclamado e meditado na quarta-feira
de cinzas três grandes atitudes para todos nós: a oração, a penitência e a
caridade. Por isso, que neste tempo quaresmal
celebramos, todos os anos, a partir de 1963, a Campanha da Fraternidade,
“ a maior campanha de solidariedade do mundo cristão”. Cada ano é escolhido um
tema urgente e necessário. Neste ano estaremos refletindo sobre o tema do tráfico de pessoas, com o lema “Foi para a Liberdade que Jesus Cristo nos
libertou”(Gal. 5,1). Seus objetivos permanentes são: “despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus,
comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum; educar para a
vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor: exigência central do
Evangelho...em vista da sociedade justa e solidária”.
Que possamos aproveitar bem este
tempo de graça e de benção.
Fraternalmente,
Frei Alonso Ap. Pires -
pároco
1 – Integração: “Torna
a comunidade mais rica em serviços, em ministérios e em testemunho... Isso se
realiza pelo vínculo e pela partilha da caminhada, mas também pelo
planejamento....” (166-167) Rever para Renovar para Crescer.
RENOVAÇÃO PAROQUIAL
“É urgente que a
paróquia se torne, cada vez mais, comunidade de comunidades vivas e dinâmicas
de discípulos missionários de Jesus Cristo, pois é, a comunidade, o lugar
privilegiado para as pessoas realizarem uma experiência concreta de encontro
com Jesus Cristo. Viver em comunidade implica, “necessariamente, convívio,
vínculos profundos, afetividade, interesses comuns, estabilidade e solidariedade
nos sonhos, nas alegrias e nas dores” (134-136).
Quais atitudes são importantes para uma renovação paroquial?
1 – Integração: “Torna
a comunidade mais rica em serviços, em ministérios e em testemunho... Isso se
realiza pelo vínculo e pela partilha da caminhada, mas também pelo
planejamento....” (166-167) Rever para Renovar para Crescer.
2 – Alegria: “A
revitalização da comunidade consiste em estabelecer relações... que vençam o
anonimato e a solidão. Exige que as pessoas tenham a alegria de se reunirem em torno
da Palavra de Deus... Implica na capacidade de unir a fé e a vida, de viver e
de celebrar, de se alegrar e de chorar com o outro, na atenção às pessoas e às
suas necessidades” (caridade) (169)
3 – Conversão pastoral
e pessoal: “Não há verdadeiro discípulo missionário sem o vínculo efetivo e afetivo com a comunidade
dos que descobriram o fascínio pelo mesmo Senhor... O Centro de toda a
conversão é Jesus Cristo”.
4- Perdão e Acolhida:
“A acolhida é uma atitude que toda comunidade renovada deve cultivar. Acolher
melhor é uma tarefa urgente de todas as comunidades paroquiais... Muitas
pessoas procuram a igreja em momentos difíceis. A comunidade cristã precisa
acolhê-las com carinho para superar os desafios que despersonalizam o
cidadão... Se as pessoas forem bem acolhidas, poderão retornar ou ingressar na
vida comunitária”. (231-235).
Jesus sabe, todos nós sabemos, que as dificuldades, as tensões,
os problemas existem na comunidade e são parte da missão. Podemos, diante delas, ter duas atitudes: de
acusações e lamentações, ou fazer como nos pede Jesus: “sacudir a poeira e dar
a volta por cima”, pois a missão é mais importante, é mais urgente. APESAR
DE... CONTINUAR A ANUNCIAR E TESTEMUNHAR, isso significa perdoar...
(Fonte: CNBB, Comunidade de comunidades, uma nova paróquia, coleção Estudos, nº
104.)
E é nesse espírito de oração que queremos nos envolver, nos preparando para celebrar a VIDA que é Jesus principalmente nos irmãos, obrigada Frei Alonso! Paz e Bem!
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