terça-feira, 1 de abril de 2014

JEJUM E ABSTINÊNCIA
 (quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa)


A - Quando devemos jejuar por obrigação?
Na Quarta-feira de cinzas, abertura da Quaresma
Na Sexta-feira Santa, dia da morte de Nosso Senhor.
B - Porquê?
... A caminhada quaresmal conduz-nos a renovar a vida cristã, que no fundo é uma busca de recolocar-nos no caminho da santidade, atitude que deve ser constante, mas que recebe um incremento especial neste tempo favorável. “O aspecto mais sublime da dignidade humana consiste em sua vocação para a comunhão com Deus. Desde o seu nascimento o ser humano é convidado ao diálogo com Deus.” (GS 19)
É nesse contexto que a Igreja propõe como um dos seus mandamentos “Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (CIC 2043), contribuindo para nos ajudar a preparar para as festas litúrgicas e a adquirir domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.
O Diretório Litúrgico da Igreja no Brasil (Anotações 3.5) resume a questão do Jejum e Abstinência lembrando que estão obrigados à abstinência os maiores de quatorze anos de idade e ao jejum os que estão entre os dezoito e os sessenta anos. E ainda aí nos recorda: dias de penitência são todas as sextas-feiras do ano, que pode ser com abstinência de carne ou outro alimento, ou ainda alguma outra forma, como obra de caridade ou exercício de piedade.
O jejum consiste em fazer uma só refeição completa ao dia. A abstinênica consiste em não comer carne..
O objetivo dessas práticas cristãs é fazer com que todo nosso ser (alma e corpo) participe de um ato por meio do qual reconheça a necessidade de fazer obras com as quais reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.
O jejum e a abstinênica podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as Conferências dos bispos de cada país, pois elas têm autoridade para determinar as diversas formas de penitências cristãs.
Enfim, o sentido desta prescrição antiguíssima é levar os fiéis a se unir ao sacrifício de Cristo. Fazemos um sacrifício para nos sentirmos mais unidos a Jesus, que na cruz realizou o sacrifício de sua vida por amor à humanidade e solidariedade aos pecadores.
Por que a carne? Porque é um alimento do qual, normalmente, todos gostam. Não seria sacrifício abster-se de uma coisa da qual não gosta.
O jejum e a abstinência da carne, além de nos conduzir á união com Jesus em sua experiência de sofrimento, tem ainda dois outros valores intrinsecamente relacionados:
1.       Revelam a superioridade da pessoa humana sobre as coisas; só podemos renunciar aos alimentos porque somos livres e senhores de nossos impulsos; não somos escravos das coisas.
2.       Deixando de comer uma coisa de que gostamos, e ainda sentindo um pouco de fome, lembramo-nos de quem fica sem comer por não ter o necessário para sua subsistência, e nos sentimos impelidos a ajudá-los, repartindo com eles o que Deus nos deu.

A Igreja recomenda, ainda, que em toda sexta-feira do ano o Católico praticante faça uma penitência, que pode ser substituída por uma obra de caridade (por exemplo, visitar um doente ou ajudar uma pessoa pobre) ou de piedade (por exemplo, ir à Missa, rezar o terço em família, via-sacra, círculo bíblico etc). É necessário que os cristãos se convertam, vivam intensamente a Quaresma a fim de converter esta sociedade que a passos largos, foge do Ressuscitado e cada dia mais se distancia do Reino de Deus.

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