JEJUM E ABSTINÊNCIA
(quarta-feira de
cinzas e sexta-feira santa)
A - Quando devemos jejuar por obrigação?
Na Quarta-feira de cinzas,
abertura da Quaresma
Na Sexta-feira Santa, dia da
morte de Nosso Senhor.
B - Porquê?
... A
caminhada quaresmal conduz-nos a renovar a vida cristã, que no fundo é uma
busca de recolocar-nos no caminho da santidade, atitude que deve ser constante,
mas que recebe um incremento especial neste tempo favorável. “O aspecto mais
sublime da dignidade humana consiste em sua vocação para a comunhão com Deus.
Desde o seu nascimento o ser humano é convidado ao diálogo com Deus.” (GS 19)
É nesse
contexto que a Igreja propõe como um dos seus mandamentos “Jejuar e abster-se
de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja” (CIC 2043), contribuindo para nos
ajudar a preparar para as festas litúrgicas e a adquirir domínio sobre nossos
instintos e a liberdade de coração.
O
Diretório Litúrgico da Igreja no Brasil (Anotações 3.5) resume a questão do
Jejum e Abstinência lembrando que estão obrigados à abstinência os maiores de
quatorze anos de idade e ao jejum os que estão entre os dezoito e os sessenta
anos. E ainda aí nos recorda: dias de penitência são todas as sextas-feiras do
ano, que pode ser com abstinência de carne ou outro alimento, ou ainda alguma
outra forma, como obra de caridade ou exercício de piedade.
O jejum consiste em fazer
uma só refeição completa ao dia. A abstinênica consiste em não comer carne..
O objetivo dessas
práticas cristãs é fazer com que todo nosso ser (alma e corpo) participe de um
ato por meio do qual reconheça a necessidade de fazer obras com as quais
reparemos o dano causado com nossos pecados e para o bem da Igreja.
O jejum e a abstinênica
podem ser trocados por outro sacrifício, dependendo do que ditem as
Conferências dos bispos de cada país, pois elas têm autoridade para determinar
as diversas formas de penitências cristãs.
Enfim, o sentido desta prescrição
antiguíssima é levar os fiéis a se unir ao sacrifício de Cristo. Fazemos um
sacrifício para nos sentirmos mais unidos a Jesus, que na cruz realizou o
sacrifício de sua vida por amor à humanidade e solidariedade aos pecadores.
Por que a carne? Porque é um
alimento do qual, normalmente, todos gostam. Não seria sacrifício abster-se de
uma coisa da qual não gosta.
O jejum e a abstinência da carne,
além de nos conduzir á união com Jesus em sua experiência de sofrimento, tem
ainda dois outros valores intrinsecamente relacionados:
1.
Revelam
a superioridade da pessoa humana sobre as coisas; só podemos renunciar aos
alimentos porque somos livres e senhores de nossos impulsos; não somos escravos
das coisas.
2.
Deixando
de comer uma coisa de que gostamos, e ainda sentindo um pouco de fome,
lembramo-nos de quem fica sem comer por não ter o necessário para sua
subsistência, e nos sentimos impelidos a ajudá-los, repartindo com eles o que
Deus nos deu.
A Igreja recomenda, ainda, que em
toda sexta-feira do ano o Católico praticante faça uma penitência, que pode ser
substituída por uma obra de caridade (por exemplo, visitar um doente ou ajudar
uma pessoa pobre) ou de piedade (por exemplo, ir à Missa, rezar o terço em
família, via-sacra, círculo bíblico etc). É necessário que os cristãos se
convertam, vivam intensamente a Quaresma a fim de converter esta sociedade que
a passos largos, foge do Ressuscitado e cada dia mais se distancia do Reino de
Deus.
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