sexta-feira, 18 de maio de 2012


O Dia Mundial das Comunicações surgiu no Concilio Vaticano II, em 1963. Este ano o 46º Dia Mundial foi anunciado no dia 24 de janeiro, no dia do patrono dos jornalistas que é São Francisco e Sales. Este ano será celebrado no dia 20 de Maio em vários países e sempre um domingo antes de Pentecoste. 
Parece contraditório, mas o silêncio é o tema central do próximo Dia Mundial das Comunicações: “Silêncio e palavra: caminho de evangelização”. Numa sociedade onde existe uma overdose de estímulos, fluxos constantes de comunidades virtuais, palavras, imagens e sons... Será que o silencio é um toque de recolher, e nesse recolhimento podemos chegar à essência, e ter uma nova visão no horizonte contemporâneo?
O Papa diz que: “Quando as imagens e a informação são abundantes, torna-se essencial o silêncio para discernir o que é importante daquilo que é inútil ou acessório”. E acrescenta: “O silêncio é parte integrante da comunicação e, sem ele, não há palavras densas de conteúdo. No silêncio, escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos, nasce e aprofunda-se o pensamento, compreendemos com maior clareza o que queremos dizer ou aquilo que ouvimos do outro, discernimos como exprimir-nos. Calando, permite-se à outra pessoa que fale e se exprima a si mesma, e permite-nos a nós não ficarmos presos, por falta da adequada confrontação, às nossas palavras e ideias. Deste modo abre-se um espaço de escuta recíproca e torna-se possível uma relação humana mais plena. É no silêncio, por exemplo, que se identificam os momentos mais autênticos da comunicação entre aqueles que se amam: o gesto, a expressão do rosto, o corpo enquanto sinais que manifestam a pessoa. No silêncio, falam a alegria, as preocupações, o sofrimento, que encontram, precisamente nele, uma forma particularmente intensa de expressão”.
“A sociedade da comunicação, com sua sobreabundância de estímulos, evidencia um valor que, à primeira vista, poderia parecer contrário a ela”, destaca o Papa Bento XVI..
E acrescenta: “Por isso é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de «ecossistema» capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons”. Concluiu dizendo: “... silêncio e palavra são elementos essenciais e integrantes da ação comunicativa da Igreja para um renovado anúncio de Jesus Cristo no mundo contemporâneo. A Maria, cujo silêncio «escuta e faz florescer a Palavra», confio toda a obra de evangelização que a Igreja realiza através dos meios de comunicação social”.

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