sexta-feira, 5 de abril de 2013

ESCLARECIMENTOS SOBRE O PAPA FRANCISCO E A
DITADURA MILITAR ARGENTINA

Entre os muitos comentários favoráveis  à eleição do Papa Francisco, há as falsas denúncias contra o Cardeal Jorge Mário Bergoglio por um “jornalista” dono de um jornal da imprensa “marron”,  isto é, da imprensa que não se interessa pela verdade , mas por notícias falsas e distorcidas, pretensamente escandalosas, tentando manchar injustamente pessoas, que pela vida ou pelas opiniões, se opõem a seus interesses escusos.
 Horácio Verbitski, este é seu nome, guerrilheiro antes e durante a ditadura militar argentina, pertencente ao grupo radical dos Montoneros, tinha ao interno do seu grupo comunista, o codinome de “El Perro”, ou  em português claro, “O Cachorro”. Seu grupo, pelos seus atos terroristas foi responsável pela derrubada do governo democrático de Isabel Martínez de Perón e pelo advento da ditadura militar.  Atualmente é dono e editor do Jornal PAGINA 12. É assessor de Cristina Kirchner para assuntos políticos e propagandista da regulamentação da imprensa, ou melhor, da imprensa que não elogia o governo. Diz ter em seu poder mais de quarenta documentos que afirmam a cooperação do Papa Francisco com a ditadura. Afirma que o então Padre Bergoglio teria denunciado dois padres jesuítas, Orlando Yorio e Francisco Jalics, que foram presos e torturados. Tudo falso.  O Pe. Jalics, ainda vivo, com 81 anos de idade, afirmou: “O fato é este: Orlando Yorio e eu não fomos denunciados por Bergoglio”.  A verdade é outra. Através de duas audiências com o terrível ditador Massera, Bergoglio então superior dos padres, obteve a soltura dos dois. Bergoglio é ainda defendido por Alicia Oliveira, juíza destituída pela ditadura, tornando-se depois secretária dos direitos humanos e por Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz. Esses não ganham nada por defender o Papa. Ganham somente a paz de uma consciência tranqüila por defender um homem inocente, que prega a esperança e a cultura da vida contra a cultura da morte.
Rezamos para que Bergoglio, hoje Papa Francisco, consiga imprimir como marca da caminhada da Igreja, o ideal simples que São Francisco de Assis se propôs em sua conversão: “viver segundo a forma do Santo Evangelho”, no amor aos pobres e excluídos, bem como aos leprosos de todos  os  tempos, nos mais variados sentidos.
                                                  Frei Ismael Martignago  - Pároco 

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